O destino nos coloca onde o acaso quiser, pois o amor
desconhece fronteiras. Por isso que depois de costurar em zig zag o Atlântico,
a rapariga veio atar os laços em Montalegre, lá “atrás dos montes”. Mas na fila
da frente, antes da celebração do amor, veio a aliança da amizade. E foi a alegria
deste monte de amor que a fez mirar as lentes da câmera e sorrir com uma
felicidade que ignorou a vaidade e as lentes que ela levava no rosto. Ora, esta é a beleza que não pode ser desperdiçada.
***
Sobre as crônicas fotográficas
Às vezes, é comum eu me perder ao olhar alguns retratos fotográficos de anônimos. Fico imaginando o exato momento em que o fio do tempo fez-se um ponto, e que a vida foi congelada e fixada na fotografia... Fico inventando as lembranças das histórias que eu não conheço. Sobre as crônicas fotográficas que aqui escrevo a partir dos retratos de ilustres desconhecidos, o que posso garantir é que só 10% é mentira, os resto é invenção - como bem diria Manoel de Barros.
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